quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sabe bem ter-te por perto



Sentiremos falta de quem amámos ou amámos quem nos faz falta? Á primeira vista parece o mesmo, simples e até um pouco paradoxal. Mas não haverá diferenças? Não poderá ser a saudade, um indicador da importância que as pessoas têm no nosso dia-a-dia? Já há muito que a sabedoria popular parece nos dar pistas para a resposta. Existem provérbios como o “ Longe da vista, perto do coração “ ou Absence makes the heart grow fonder que reflectem sobre como nos comportamos em relação aos sentimentos humanos. Eu acredito que não há uma resposta certa e de certa forma amamos quem nos faz falta e sentimos falta de quem amamos. A falta de presença física intensifica o valor dos momentos anteriores vividos e faz nos desejar repeti-los ou na sua impossibilidade momentânea, todas as memórias num passo de mágica e parecendo ter mãos, desenha-nos um sorriso no rosto. Parece que nos guia numa viagem onde a solidão se transforma em presença. Sentimos um calor a encher-nos a alma, vozes em timbres distintos que compõe uma melodia que nos acolhe e completa. Os sentidos apuram-se e já não é mais um sonho. Vemos cada rosto, cada sorriso e são reais. Estamos todos juntos até o vento nos arrepiar a pele. Abrimos os olhos e vemos que estamos sozinhos fisicamente mas com o poder da imaginação nada é impossível a cada pessoa a um fechar de olhos.

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