sábado, 29 de maio de 2010

Esfomeadamente satisfeita...



Procuro no silêncio a palavra certa, uma poesia sem melancolia ou apenas uma saudade sem dor. Perdi todas as convicções de que sempre jogo pra ganhar. Iiii...acontece-me perder com certa frequência. Acontece-me também querer perder. Pior...acontece-me principalmente só jogar para poder perder! 


Hummm...explico-me... perder o beijo pra tua boca, perder o rumo em teu corpo, perder o olhar nos fios prateados que se atrevem no negro dos teus cabelos, perder o fôlego no meio das carícias, perder a conta das vezes que o êxtase chega. Fiz-me entender?

Já não te quero como parceiro de jogo. Fazes batota! Afinal mesmo com as horas passando vertiginosamente percebo que em mim, de ti a lembrança fica mais fervente, é... o corpo não esquece. O eco absurdo do teu suor na minha pele ainda me serve de consolo enquanto busco a letra certa pra te contar o que me vai por dentro. A fome que me roí por dentro. Nos baús escondidos desta história transbordam vergonhosamente momentos de felicidade, egos inchados e obesos de prazer e claro o sorriso aparvalhado [aquele que te faz doer as bochechas...] e estarrecido de tantos retalhos de vidas escondidas que moldam este tempo que nos separa.



Sabes? Adoro esfregar o aroma do nosso pecado na cara parva de um mundo que não nos entende! [há coisas só nossas!]
Redime-me saber ao que te vivo mais e mais a cada instante que passa e que entranhaste-te em mim, satisfazendo-me, preenchendo-me, completando-me.
Somos culpados deste crime...
Cúmplices deste pecado...
Parceiros nesta viagem... até a lua! [aquele lugar tãooo bom! onde as pernas tremem e o corpo latejante bebe o teu!]


Estou esfomeadamente satisfeita!


:)

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