domingo, 16 de maio de 2010

É que nem por encomenda!

As mulheres têm um grave problema na cabeça: os estereótipos masculinos. Idealizamos, desde pequeninas, o príncipe encantado. Claro que crescemos e já não queremos que venha no seu cavalo branco (quer dizer, eu não me importava nadinha), mas claro que tínhamos que ter um número muito maior de exigências, para compensar.


Tem que ser bonito e ter charme, divertido e com sentido de humor, vestir-se como achamos mais adequado, inteligente e com capacidade para manter uma conversa sobre qualquer assunto, tem que gostar das nossas amigas e de nos trazer os sacos depois de uma tarde de compras, é bom que saiba cozinhar e que não se importe de nos ajudar nas tarefas domésticas. Queremos que nos segure na porta do carro e que seja um autêntico cavalheiro, que tenha um corpinho aceitável (mas não exagerado), que não tenha atitudes machistas. Sonhamos com aquele olhar arrasador e o sorriso que nos faça ir ao céu e voltar, desejamos para nós um safado romântico, que saiba ser ambas as coisas ao mesmo tempo e em separado. O homem perfeito, para nós, vai aturar a nossa mãe e nunca se vai esquecer da data do nosso aniversário, de quando começámos a namorar ou de quando nos pediu em casamento e, se quisermos exagerar, da primeira vez que foi connosco ao cinema e mimimi. Que seja determinado, com bom gosto, que preste tanta atenção às nossas pequenas coisas como aos assuntos mais importantes e que opina sobre o que lhe pedimos.

[Cresci e passaram-se-me uma data de lamechices! Tank god!]

O que nós ainda não percebemos é que ninguém é perfeito e muito menos podemos encomendar um homem num catálogo. Está bem, com estas modernices dos chat's de encontros se calhar até podemos, mas eu refiro-me aos homens reais. Àqueles que convivem connosco no dia-a-dia e que estão à distância de um passo, não de um clique. Os amores a sério, esses, não são como anteriormente já idealizámos porque não há sequer tempo para pensar nisso. Quando damos por nós, já estamos apaixonadas por homens de carne e osso que, tal como nós, são humanos e têm defeitos. E é isso que os torna tão especiais e nos torna tão especiais a nós: gostamos deles pelos defeitos, pelas características únicas... Quando é a sério, deixamos de pensar no nosso inicial estereótipo, o importante é que seja ele próprio e que, no meio de tanta coisa, consigamos encontrar a harmonia.

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