segunda-feira, 31 de maio de 2010

cenas da minha cria

A hora das refeições com o Diogo é sempre para morrer. O raio do sócio fala, fala, fala e comer que é bom, fica para amanhã. As pessoas já terminaram a refeição há séculos e lá continua ele, heróico no seu posto, ainda com o prato cheio, a falar, a cantar ópera, e a tentar negociar o que fica a ganhar ranço cá fora e o que vai entrar no nobre circuito digestivo de sua alteza.

Eu [numa voz adulta e nasalada]: DIOGO, agora, não podes falar, tens que comer. E só depois de teres comido tudo é que podes voltar a falar.

E é exactamente neste ponto que ocorre um fenómeno Diogal que desconhecia até à data. A criaturinha irrompe num choro compulsivo, com ranho até ao pescoço (nham, nham...), com direito a soluços daqueles em que o bife de frango hesita entre seguir pelo canal correcto ou optar pelo do nariz.


SócioMas eu tenho voz! 

Podem fazer tudo à minha cria. Esquartejá-la, virá-la ao contrário, espancá-la quiça... Mas nunca, NUNCA, a mandem fazer silêncio.

Para vosso bem. Se quiserem manter o pavilhão auditivo intacto.

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