sexta-feira, 9 de julho de 2010

Mãe há só uma! Sou eu e mai nenhuma!

Isto de ser adulto é fodido!
Eu como uma moça despachada que sou, nem tive adolescência! Nahhhhhh! Tive "adultescência", ou seja, fui parva, burra e inconsequente aos 17 anos, quando me casei com o meu sócio e resolvi engravidar logo! Ahhhh maravilha! Toca a despachar!
Mas isto de ser mãe nova é muito giro! De momento tenho 26 anos no BI, mas graças a minha cria, já me sinto com 58! Inda hoje ele conseguiu por-me mais uns 10 anos em cima!

Pois o que hoje aconteceu, passo a relatar em versão muito light do assunto, foi mais ou menos assim:
"Ai que me roubaram, ai que me roubaram ... ( prantos) ... mãeeeeeeeee roubaram-me! (prantos) ..... tudo! mãeeeeee! tudo! ... ( prantos redobrados) .... o skate e os patins .... mãããeeeeeee ....tudo!!! (muito pranto, soluços entrecortados e interrompidos por um ou outro fungar e respectivo limpar de mucosidade que normalmente acompanha estas ocasiões).

Ainda olhei para os lados a ver se alguém se chegava à frente e resolvia aquilo, mas pela repetição insistente da palavra "mãe", que é o que sou deste anjinho que me escolheu lá no sítio onde estão as almas das crias à espera de serem distribuídas - eu, que caminhava por lá assim inadvertidamente e só de passeio quando o espertalhão me topou e docemente berrou a plenos pulmões apontando para mim: é aquela! é aquela que eu quero! é aquela mesmo a quem eu quero abençoar o resto dos seus dias com a minha tempestuosa personalidade! qué que foi ó Deus? aquela não que é fraquita? secuzmi! não é pra eu escolher? pois então estou a escolher! é aquela ou nenhuma!!! e Deus, na sua infinita sapiência e sabedor do que tinha criado, achou por bem não discutir com ele e deu-mo.
Pois como dizia e após a fracção de segundos que levei a ponderar sobre isto tudo, assumi que cabia a mim a resolução do assunto. Primeiro, urgia acalmar a fera e foi o que fiz em tom de voz histérico en pendant com a minha personalidade que já levou muitos ao engano quando a julgaram forte. Quer-se dizer, a minha até é, a da outra é que não é e era essa que estava de serviço no sábado, que foi quando isto tudo aconteceu.
Gritei-lhe então que se acalmasse e me contasse tudo. A resposta veio em catapulta, sempre com o indispensável ó mãããããããeeeeeee .... devida e correctamente inserido entre cada um dos assuntos que por serem assim muito vívidos, precisavam de qualquer coisa que servisse por um lado de separador e por outro de reeiteração, não fosse dar-se o caso de eu não estar a ver bem a dimensão do desastre! Concluímos que não havia nada a fazer e que ele ficaria de castigo (ia que sou mesmo boa nisto!), por não ter deixado as coisas arrumadas nos devidos lugares. Porque se não estivesse espalhado no pátio, os gatunos não teriam se armado em governo e não tinham ido lá gamar os bens da minha cria.

Ele por si concluiu que iria chamar pelo seu amigo D. e que iam investigar quem seria ou seriam os autores do crime! Não sei bem que é o D., sei que também tem uma PSP e a PS3. É tudo o que sei dele. Para além do género. Parece que a minha condição de mãe não me dá direitos por aí além em termos de saber o nome pelo que os amigos da criatura respondem, apelido nem pensar e telefone então, ai meu deus quisto tá tudo maluco.
Eles até falam comigo ao telefone, às vezes, quando ele quer pedir pra ir pa casa deles brincar ou então quando está bem disposto e deixa. Hoje por exemplo, disse-lhes que estava a falar comigo e mandou-lhes que me dissessem olá. E eles disseram: olá mãe! e vai ele: Olá mãe, não! Olá MINHA mãe!e vão eles: Olá TUA mãe!
(Cá pra mim aquilo é tudo doido, mas enfim).

Bom, mas continuando... depois dos miúdos lá esmiuçarem o caso, e depois de muito investigarem...
Torno a receber um telefonema! "Oh mããããeeeeeeeeee! Já encontrei! Já encontrei! Tava arrumado debaixo da minha cama! Beijinhos!"
....
....
Fiquei a saber onde se arrumam os skates e os patins!

E é isto! Anda uma mãe a sofrer durante 9 meses pra depois ser torturada pro resto da vida!

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