domingo, 8 de agosto de 2010

Dear Diary



Sou uma criatura de Deus, muito simples.
Tão simples, que me questiono amiúde se serei na realidade uma criatura de Deus.
Para mim, quanto mais simples, melhor. Tenho muita, mas muita dificuldade em compreender a necessidade que os outros têm em dificultar tudo.
Só digo exactamente o que quero dizer, pelo que, o que quero dizer é tão sómente aquilo que digo.
Simples e (uauuuu) humilde. Desde que não confundam a humildade com ignorância. Com a de espírito, que com a outra até pode ser, porque é verdade, em relação a muitos outros.
Sou uma pessoa comum. Consciente das minhas particularidades que fazem de mim ( assim como de qualquer um de nós) uma pessoa comum ... e única. No entanto, não acho esta minha unicidade assim nada de por aí além, até porque não sou a única em termos de unicidade!
Sou muito ciente das minhas limitações.
Sou uma pessoa "estranha"... concluo, porque me dizem.
Não comunico muito.
Penso muito ...( e, estranhamente, nem por isso "existo" mais).
Não gosto de pessoas, de uma maneira geral.
Mas quando gosto ... GOSTO ... não sei gostar " mais-ou-menos".
Quando não gosto ... nota-se. Mesmo que eu não queira.
E infelizmente. Porque não gosto de muita gente que é de facto boa gente ... eu é que não gosto!
Gosto de quem não me gosta e mo mostra assim, frontalmente. Gosto por isso. Pela frontalidade.
Não avalio nada nem ninguém pelo que "parece" ou pelo que "tem"ou seja lá pelo que for.
Avalio, pelo que "é". E isso demora.
Reconheço nos outros a insegurança, por ser insegura. Não lhes reconheço o direito de a mascararem com ostentações de qualquer tipo.
A humilhação deliberadamente infligida, para mim, não tem razão de existir. Nem em defesa própria. È uma arma nojenta, provávelmente por ser tão fácil, não sei ...
Não tolero a prepotência.
Conheço-a muito bem, à prepotência. Somos inimigas viscerais.
E ela sabe.
Nem a bazófia, a fanfarronice, quando aliada às outras duas. Noutros sentidos, não me faz diferença.

Quando estou mais "estranha" que o usual, recolho-me a mim. Recolho-me e encolho-me o mais que posso, na pretensão de que não me vejam.
Raramente falo dos meus "demónios".
São meus. Eu que os eduque.

Adoro rir! Lava-me a alma.
Isso, toda a gente sabe ( e ouve), mas quando estou assim "estranha", não rio.
Fico triste (sei lá porquê), taciturna, com cara de poucos amigos como se estivesse zangada com o mundo!
Na verdade não estou, só estou zangada comigo ( sei lá porquê).
Não quero é que o mundo saiba e que me venha perguntar "porquê? porque estás tu zangada contigo?"
O mundo faz muitas perguntas para as quais não tenho resposta.


Há 3 dias que não rio...

Sem comentários:

Enviar um comentário

gente doida